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As aventuras de uma família de 4 pessoas que na maior parte da vezes têm energia a mais e tempo a menos! “Há tempo para tudo, tem que haver. É o que tu dizes sempre, Mãe...”
Eu acredito que a a vida é feita de ciclos, de começos e recomeços, de mudanças e transformações. O que é hoje pode não ser amanhã e eu gosto de estar sempre atenta e pronta a adaptar-me. Não é que eu seja propriamente adepta de mudanças ((a mudança não tem que ser uma coisa má) mas às vezes é preciso parar e reavaliar para poder seguir em frente. E recentemente foi isso que eu/nós fizemos cá em casa: deixei a minha atual atividade profissional. Quando partilho isto com as pessoas as reações normalmente são as mesmas: AH! Porquê? E agora?
Porquê? Durante anos fui Educadora de Infância. Foi a profissão que escolhi, o curso que tirei e sempre consegui trabalhar na minha área profissional. Fui feliz, realizada e fico com a certeza de que deixei uma obra bem feita. Mas estava na altura de fechar esse ciclo da minha vida. Por um lado sinto que preciso de dedicar mais tempo à minha vida familiar pois a vida profissional do marido é cada vez mais exigente e eu preciso de mais tempo e disponibilidade para os filhos. Por outro está na altura de me dedicar a outras áreas profissionais, embora sempre ligada à educação, à parentalidade e à infância.
E agora? Agora vou parar e reorganizar a minha vida, vou estudar, vou ter mais tempo e disponibilidade para a família, vou fazer coisas que já há algum tempo que queria e não tenho tido tempo! Sei o que não quero para mim e é a partir daqui que vou iniciar um novo ciclo.
Sei que muita gente considera que assim fico com mais tempo para ir ao cabeleireiro e ao ginásio. É verdade, mas o mais importante para mim é que vou poder estar verdadeiramente e sempre presente quando os filhos precisarem e vou ter tempo para preparar outras atividades profissionais do meu interesse.
A todas as Mães, das que têm carreiras profissionais às que estão em casa, todas as formas de maternidade são válidas, sem desprimor para qualquer uma delas. Não quero julgar ninguém nem dizer o que é melhor para cada um...
Eu não gosto muito de mudanças. Diz quem me conhece que tenho a quem sair... mas enfim. Não é que goste de rotinas ou monotonias. Só que não gosto de grandes mudanças, muito menos aquelas que chegam sem aviso prévio!
Ultimamente temos tido muitas mudanças na nossa vida, umas melhores do que outras. E, claro que com grandes mudanças vêem as grandes decisões. Grandes e pequenas decisões que nos afetam aos quatro!
Ás vezes não é fácil decidir o melhor caminho a escolher. Quando eu e o marido não tínhamos filhos, não tínhamos mais ninguém em quem penar e por quem decidir era bem mais fácil. Desde que já não decidimos pelos 2, mas pelos 4 as coisas tornaram-se mais complicadas. Temos que escolher o melhor para nós (porque sabemos que se nós não estivermos bem, os filhos também não estão) e ao mesmo tempo o que é melhor para os filhos.
Não temos o poder de adivinhar o futuro nem nenhuma bola de cristal e, mesmo assim, temos que tomar as decisões. Por isso, começamos por definir as nossas prioridades, ponderar as variáveis possíveis e fazer o melhor que sabemos com o que temos. Tendo sempre em mente que se nós (pais) estivermos bem, os filhos também estarão.
Resumindo e citando um amigo “a mudança não tem que ser uma coisa má”. Com isto em mente, é só seguir em frente e fazer com que o caminho que escolhemos seja o melhor para todos nós...