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Viver a casa

08.01.18

 

 Este fim-de-semana estivemos a tirar a árvore de Natal. Voltámos a arrumar tudo no sítio a encher a caixa dos enfeites, fechá-la e arrumá-la até para o ano. E foi assim que encerrámos mais uma vivência das nossas vidas. A questão é que para voltar a preencher os espaços vazios deixados pelas decorações de natal decidimos abrir um (mini) baú onde guardamos velas, bases, pot pourri, taças e afins.  E por isso os filhos viraram decoradores de interiores a fazer arranjos para os diferentes cantos da casa (ficaram lindos, mas é só a opinião de uma mãe babada!)

Não sou nenhuma Martha Stewart da decoração de interiores, mas gosto de viver numa casa arranjadinha e bonita. Mas, por outro lado, não gosto de viver (e gosto ainda menos que os filhos sintam que vivem) num museu em que nada está pensado nem preparado para eles. Na sala há um canto com livros, alguns dos jogos, cartas e “tesouros” deles. Nos quartos tentámos pensar a disposição e a decoração para e com eles, na medida do possível.

quadro giz.jpgIsto tudo para vos dizer que a nossa casa não é apenas um conjunto de paredes para nos abrigar. É o local onde vivemos o nosso dia-a-dia, onde somos uma família. E para nos sentirmos EM CASA verdadeiramente ela tem que estar adaptada ao nosso estilo de vida e gosto. Por isso gostamos que os filhos participem na decoração da casa, gostamos de ter coisas feitas por eles. O que quer dizer que não temos uma casa digna de estar nas revistas de decoração e temos muitas vezes brinquedos, sapatos e outros objectos em sítios que não são supostos estar. Mas também quer dizer que os meus filhos sentem que esta é nossa casa, o nosso sítio especial onde sabemos que nos sentimos sempre bem.

Já diziam os Xutos e Pontapés: As saudades que eu já tinha / Da minha alegre casinha / Tão modesta quanto eu…

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Ai o tempo passa tão depressa… faz mais de um mês que não vinha aqui ao blog mas andei pela página do facebook a contar as aventuras desta família. Não me levem a mal, mas na maioria das vezes o tempo escapa-me por entre os dedos e o telemóvel está sempre mais à mão!

Mas vamos ao que interessa: este mês de Dezembro andámos atarefados a planear e a viver o Natal da melhor forma possível. Optámos por fazer um calendário do advento com actividades para cumprir em cada dia. A ideia era viver o natal e fazer todos os dias actividades que à partida parecem banais mas que são importantes vivências e experiências para serem feitas em família. E por isso o nosso calendário do advento transforma-se em ideias para planos e projectos para o ano que vai agora começar.

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Algumas ideias dão mais trabalho ou exigem mais paciência enquanto há outras que são pagas. Cada um sabe de si mas eu, enquanto puder escolher, prefiro gastar dinheiro em actividades, divertimento e cultura do que na farmácia ou outra coisa pior!

Por isso aqui vão as 25 propostas que fizeram parte do nosso calendário do advento, espero que vos sirvam de inspiração para porem em prática ao longo de 2018. Há algumas ideias que só resultam no Natal, mas com um pouco de imaginação podemos adaptá-las para qualquer altura do ano.

  1. Fazer a árvore de natal e decorar a casa. Pedir a ajuda da família para fazerem quadros ou outras peças de decoração para mudar um pouco a decoração da casa.
  2. Ir a lisboa ver as iluminações de Natal. Podemos sempre dar uma volta por lisboa (ou outra cidade à escolha) e ser turista por um dia!
  3. Comprar bens para doar ao Banco Alimentar contra a Fome. A solidariedade e entreajuda são valores que se devem mostrar e ensinar ao longo de todo o ano e não só na altura do Natal.
  4. Ler um livro.
  5. Jogar às cartas.
  6. Cozinhar um jantar em família. Já que temos que cumprir esta função quase todos os dias da semana porque não pedir a colaboração dos filhos… é uma forma de passarem tempo em família.
  7. Jantar pizza no sofá a ver um filme. As regras e o jantar sentados à mesa sem televisão deve ser a regra. Esta ideia é a excepção!
  8. Jogar jogos de tabuleiro. Bons e divertidos momentos em família são sempre bem-vindos e opções melhores do que tablets e afins.
  9. Fazer um concurso de dança. Quando estamos todos a precisar de descontrair e rir um pouco é a ideia ideal.
  10. Fazer um bolo. Não sei o que é mais divertido, se é fazer se comer… e como é caseiro não faz muito mal.
  11. Brincar com plasticina é um eterno clássico, nunca passa de moda e todas as crianças gostam (os adultos cá de casa também).
  12. Inventar uma história e escrevê-la. Faz bem a todos pôr a cabeça a funcionar e rir um pouco.
  13. Fazer um concurso de rolos de papel. Actividade mais simples e barata do que esta é difícil de arranjar. Tentar empilhar rolos de papel higiénico é uma ideia que à partida parece tonta e por isso é que é tão divertido. Confesso que andei 3 dias a apanhar rolos espalhados pela sala, mas valeu a pena!
  14. Andar de bicicleta. Exercício físico e ar puro… combinação ideal em qualquer altura. Patins, trotinete, triciclo e afins também servem.
  15. Andar na roda gigante. Esta é daquelas que só costuma haver mesmo nesta altura, por isso esperem até ao próximo natal!
  16. Doar roupa e brinquedos a uma instituição. Tal como o número 3, é sempre boa altura para fazer isto, mas fazer questão de que os filhos participem activamente e vão fazer a entrega também.
  17. Os filhos lêem uma história aos pais. É divertido inverter os papéis de vez em quando e põe a cabeça a funcionar.
  18. Visitar uma vila de natal. O que não falta são vilas bonitas por esse Portugal fora onde podemos ser turistas, mesmo (ou especialmente) sem ser Natal.
  19. Tomar o pequeno-almoço no café. Sei que não sai barato, mas é só de vez em quando.
  20. Ir ao teatro. Tal como o ponto anterior não é barato, mas enquanto puder escolher, eu escolho gastar dinheiro em cultura e não comprar outras coisas desnecessárias.
  21. Comer castanhas assadas, quentes e boas. Despachem-se porque a época delas está a acabar.
  22. Fazer uma pintura. Aguarelas, pincéis e folhas não devem faltar em todas as casas onde há crianças.
  23. Jogar às escondidas… outro clássico.
  24. Ajudar a preparar a cria de natal. Porque não pôr os filhos a participar nos preparativos de datas festivas como aniversários e outros. Dá-lhes a sensação de fazerem parte de algo e aprendem muito.
  25. Abrir os presentes todos e desfrutar muito. Para esta vão ter que esperar pelo próximo natal ou então pelo aniversário. Mas a verdade é que toda a gente gosta de receber presentes…

Depois disto só me resta desejar que o vosso Natal tenha sido bom, com tudo o que desejaram e que o ano de 2018 traga tudo o que precisam e ainda mais algumas coisas…

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Das coisas mais difíceis de explicar às crianças são as relações de parentesco. Explicar porque é que uns são primos, outros são tios-avós ou mesmo o que são sobrinhos pode ser uma dor de cabeça. Já para não entrar no campo dos cunhados ou das noras… e explicar que a mesma pessoa pode ser ao mesmo tempo sobrinho, filho, primo e neto! Até eu já me perdi na explicação, quanto mais eles…

Agora mais a sério! A família é o primeiro meio onde estamos inseridos socialmente (na maioria dos casos) e isto é de extrema importância. Pois é na família que temos as primeiras experiências afectivas, as primeiras representações, os primeiros juízos e expectativas e onde se aprendem e incorporam os padrões de comportamento, atitudes e valores. Na família sentimos que pertencemos a um lugar, que temos uma história, que fazemos parte de algo. Ajuda-nos a entender de onde vimos e a projectar para onde queremos ir.

As famílias não são necessariamente unidas por laços de sangue. Podem ser unidas por outros laços tão importantes como amor, carinho, respeito e por aí fora. Quer os laços de sangue, que os afectivos ou sociais não são mutuamente exclusivos. No fundo, o que interessa é que as famílias funcionem cada uma à sua maneira e com as suas especificidades e particularidades. Deixemos nos guiar mais pelos afectos e não tanto pela mania de compartimentar e etiquetar as relações e as pessoas.

o livro da família_todd parr.pngSe no fim disto tudo ainda têm dificuldade em explicar a família às crianças, deixo-vos uma sugestão de um livro hilariante e muito explicativo sobre o tema. Vale mesmo a pena, é O Livro da Família, escrito e ilustrado por Todd Parr.

Feliz Dia da Família hoje e… sempre!

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Eis que chegado o momento de falar um pouco sobre o Natal! Não me vou pôr com considerações sobre o assunto Pai Natal vs Menino Jesus ou os valores próprios desta quadra natalícia (que quanto a mim deveriam ser o ano inteiro, mas…). Hoje que falar um pouco sobre a nossa árvore de Natal!

No outro dia, ao dar uma volta pelo Facebook e pelos blogs que sigo e vi vários posts sobre o Natal. Fotografias lindíssimas e relatos encantadores sobre como decoraram a casa, fizeram calendários do advento maravilhosos, como estão muito empenhados em projetos solidários nesta época do ano e todas as crianças se portam lindamente e ficam bem nas fotografias à frente do pinheiro. Acho isto tudo muito lindo. Mas fico um pouco preocupada! Seremos nós os únicos cá em casa a quem as coisas não correm às mil maravilhas nesta época natalícia!? Passo a explicar…

Calendário do advento? Cá em casa os filhos não gostam de chocolate, por isso os calendários de compra no supermercado (com os quais eu embirro) ficam definitivamente de fora. Fazer um calendário caseiro só para receberem uma prenda ou um rebuçado todos os dias não acho que seja o espírito que queremos transmitir. Vi uma ideia de calendário do advento com cabaz solidário, mas a escola está a fazer uma recolha de produtos com esse fim e era um pouco mais do mesmo. Parece que o calendário do advento este ano se vai resumir a contar quantos dias faltam para o Natal!

Árvore de Natal. Nós costumamos fazer a árvore de Natal no dia 1 de dezembro, os quatro juntos a ouvir canções de natal. Este ano foi um pouco diferente: no dia 1 não estivemos em casa, pois fomos aproveitar o fim de semnatal.jpgana grande! Não fizemos os quatro pois o marido teve que sair de emergência tratar de um assunto inadiável! E não tivemos música pois não sei ligar os aparelhos todos para o efeito (costuma ser tarefa do pai)! As decorações da árvore e a disposição do presépio fica ao critério dos filhos.

As fotografias à frente da árvore: eu tentei. Juro que tentei tirar fotos decentes dos filhos com gorros de pai natal, mas em todas elas havia sempre um deles com a boca aberta, os olhos fechados ou então alguma perna ou braço fora do sítio. Acabámos a tirar selfies disparatadas, mas muito mais divertidas.

Em resumo, tenho uma árvore que foi decorada pelos filhos, não houve música mas cantámos nós (e eu canto muito mal), tenho fotografias que não podem ser capa de revista mas estão divertidas e espelham o que nós somos: uma família que é feliz com as suas imperfeições, com muito amor, riso e boa disposição. E termino com uma pergunta: não será isto o verdadeiro espírito de Natal?

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Apresento-vos o primeiro de muitos posts ou assim o espero do blog TEMPO PARA TUDO! Este não pretende ser um blog só sobre educação e parentalidade. Não é só sobre receitas, comida saudável e dietas. Não é só sobre decoração. É sobre tudo isto e sobre nada. É sobre tudo o que acontece (ou não acontece, mas devia acontecer) numa casa com duas crianças ativas, enérgicas e espetaculares e dois adultos, pai e mãe a trabalhar a tempo inteiro, atentos, preocupados e, às vezes, menos enérgicos do que deviam! É partilhar as minhas / nossas experiências (que umas vezes correm melhor do que outras) e dicas que fui aprendendo por experiência própria ou que me foram ensinadas pelas pessoas que nos rodeiam...

Queria começar por partilhar uma receita que vi no blog marmita e que me chamou logo a atenção: pão rápido... tem tudo para dar certo.

 

Ingredientes:

350g de farinha sem fermento (eu usei farinha integral)

30g de açúcar (uso sempre açúcar mascavado)20160220_172606.jpg

1/4 de colher de chá de sal fino

2 colheres de chá cheias de fermento para bolos

2 iogurtes naturais (250g no total)

80g de manteiga derretida (lá em casa usamos de soja)

Leite q.b. para pincelar.


Preparação:
Juntar todos os ingredientes numa tigela e mexer com uma colher ou com as mãos. Não se deve bater a massa, deve-se apenas mexer até a massa se unir.


Transferir para um tabuleiro de forno forrado com papel vegetal (ou untado e enfarinhado) e formar um disco, uma forma arredondada com a massa, com cerca de 3 dedos de altura. Dar dois golpes em cruz com cerca de 1 cm de profundidade, com uma faca de serra, para a massa abrir no forno e facilitar a cozedura. Pincelar com um pouco de leite para dar um brilho à crosta.

 

Levar ao forno pré-aquecido a 180ºC, durante 20-30 minutos. Pode-se espetar um palito no meio para verificar a cozedura como se fosse um bolo. Se o pão estiver a ficar muito escuro mas ainda não estiver cozido, cobrir com um pedaço de papel alumínio. Retirar do forno e comer quente ou frio.

 20160220_180853.jpg

Pessoalmente gosto sempre de alterar as receitas, torná-las um pouco mais ao gosto cá de casa. Por isso já experimentei o pão simples acabado de sair do forno com manteiga é maravilhoso; já juntei alho picado e ervas aromáticas antes de ir ao forno para fazer um ótimo petisco ou entrada de uma refeição; e já recheei com fiambre para ter um lanche rápido, fácil e muito saboroso.

 

Dois em um: não só a receita é deliciosa como é muito bom fazê-la com ajuda das crianças lá de casa. É um ótimo programa para uma tarde de chuva e frio em familia. Até limpar a farinha que vai ficar em todo o lado pode ser divertido :) 

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