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Já há 11 anos que as nossas férias deixaram de ser a dois e deixaram de ser sinónimo de “dolce fare niente”. Passaram a ser mais movimentadas, mais barulhentas e com muito mais malas para transportar! Mas também são muito mais animadas, divertidas, com mais “aventuras” e peripécias próprias de uma família de quatro elementos… são perfeitamente imperfeitas, tal como nós. São sinónimo de dias agitados, cheios de energia, praia com direito a muita areia e banhos até depois de ficarem com os lábios roxos, viagens escolhidas com critérios mais child freindly, algumas cedências às vezes da parte dos pais e outras dos filhos, algumas birras de cansaço depois de dias inteiros de brincadeira ao ar livre sem horários nem restrições. São sinónimo de manhãs perguiçosas, de cumprir tradições próprias desta altura do ano, de mimos e cumplicidade, de bons momentos e de criar memórias, daquelas que ficam para a vida…

Mas para que tudo corra pelo melhor possível e porque normalmente passo algum tempo sozinha com os filhos, tento ter sempre alguns “truques na manga”, atividades, brincadeiras ou ideias para ajudar a tornar os dias ainda mais divertidos e evitar o “estejam quietos”, “não discutam”, “desliguem a televisão” ou a minha preferida “larguem o iPad”! Não sou nenhuma super mulher nem sequer uma mãe perfeita e não tenho uma imaginação infinita. Por isso gosto de conversar com outras pessoas para trocar ideias de passeios e sitios a visitar, sigo alguns blogs ou páginas do facebook para ter algumas ideias de coisas para fazer e, sobre tudo, ouço o que os meus filhos sobre o que gostariam de fazer.

Por isso hoje é a minha vez de deixar uma lista de ideias, espero que ainda vá a tempo das vossas férias. Algumas ideias são mais low-cost do que outras, algumas são mais adequadas para os mais velhos (pois os meus filhos têm 11 e 6 anos), mas outras são transversais a qualquer idade. É só preciso um pouco de imaginação, alguma paciência e muita vontade de querer ser feliz e de se divertir…

 

Cozinhar

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 Ir ao mercado comprar produtos da época e cozinhá-los. É uma óptima oportunidade para conhecer melhor alguns alimentos, experimentar e descobrir novos sabores e texturas. Além de que há poucas coisas mais divertidas do que passar uma tarde na cozinha com os filhos a fazer experiências culinárias. Confesso que a parte de que menos gosto é quando deixam as limpezas para mim, mas também faz parte.

 

Guerra de balões de água

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Não é a ideia mais ecológica, mas quando o calor aperta é uma óptima forma de refrescar e até de libertar algum stress de forma saudável. No fim apanhem os bocados de balão rebentados e deitem no contentor amarelo para conpensar um pouco o ambiente!...

 

Jogar às cartas

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Eu sei que há imensos jogos de cartas para serem jogados on-line. Mas jogar com um baralho que não é virtual é muito mais giro. Este ano ensinei à minha filha a jogar paciência sozinha (porque nem sempre me apetece ou posso jogar às cartas com eles)… foi um sucesso

 

Trabalhos manuais

pintar com elementos da natureza.jpg

Adoro fazer trabalhos manuais com os filhos e confesso que a sujidade não me afeta, tudo se limpa. Os filhos adoram apanhar paus, pedras e outras coisas da natureza e, por isso juntamos as ideias e as vontades para pintar elementos da natureza.

 

Observar a natureza

passeio e pic nic.jpg

Hoje em dia há binóculos relativamente baratos à venda em muitas lojas. Que tal comprar uns (em vez de mais um carro ou uma boneca para juntar aos outros 350 que andam lá por casa perdidos) e fazer com eles uma caminhada num parque natural ou mesmo na cidade para observar tudo com “outros olhos”. Já agora porque não aproveitar e fazer um pic nic?

 

Ir à praia

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Esta é obvia… toda a gente quer ir à praia no verão. Mas eu sugiro ir “verdadeiramente” à praia e aproveitar tudo o que temos direito como faziamos quando éramos pequenos: atirar bolas de areia, fazer carreirinhas nas ondas, construir castelos com túneis e fossos de crocodilos, comer uma bola de berlim e ficar tão cheia de açúcar que só sai com mais uma mergulho no mar. Ficar na água até ao último minuto e ter que ir para casa a pingar! Garanto-vos que ninguem se vai esquecer do dia em que os pais pareciam crianças na praia!

 

Pintar t-shirts

t-shirt pintada.jpg

Quem tem no fundo do armário t-shirts dos filhos que já não estão nas melhores condições, levante o braço! Pois aqui vai uma ideia para as aproveitar, decorar as t-shirts (devem ser de algodão) com lápis de cera de duas formas: 1 recortar uma forma à escolha em folha de lixa, pintar com lápis de cera bem carregado. Virar a lixa com a parte pintada para o tecido e passar com o ferro de engomar bem quente por cima. 2. Afiar lápis de cera de várias cores, dispôr as aparas em cima do tecido a gosto. Tapar com uma folha de papel vegetal (pode ser de cozinha) e passar com o ferro bem quente. São horas de diversão com a vantagem que conseguimos disfarçar aquela nódoa na t-shirt que nunca mais saiu!

 

Maratona fotográfica

maratona de fotografia.jpg

Aviso já que esta não sai muito barata, mas é muito divertida. Dar a cada filho uma máquina descartável para levarem com eles a passar o dia (é bom que seja num dia em que vão fazer uma volta com vistas giras ou num sítio especial, com significado) e deixá-los fotografarem à sua vontade. No fim do dia põem as máquinas a revelar e, quando as fotos estiverem prontas, montar molduras ao seu gosto. Garanto-vos que é hilariante eles perceberem que não podem ver como ficou a fotografia, que têm um número limitado de fotografias e que não as podem apagar, que têm que rodar o botão para passarem para a fotografia seguinte e, finalmente, que demoram 2 DIAS a serem reveladas (“Mãe, o que é relevar as fotografias? É como imprimir?”)…

 

Aqui ficaram apenas alguma ideias para vos dar um ponto de partida. A imaginação (a vossa e a deles) é o limite. Só não vale stressar porque a casa ou as crianças estão sujas, porque se podem magoar ou outras preocupações que muitas das vezes ocupam demaisiado espaço na nossa cabeça. O segredo é descontrair e aproveitar porque as férias de verão só acontecem uma vez por ano. E não sei quanto a vocês, mas as minhas melhores recordações de infância estão quase todas ligadas às “férias grandes”, como lhes chamávamos. Agora podem já não ser grandes, mas não há razões para não serem muito boas!

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Quando vamos de férias ou de fim de semana há sempre muita coisa para preparar. As malas das roupas, dos medicamentos (há a estranha ironia que quando preparamos uma bolsa com medicamentos eles nunca são necessários; mas quando não os levamos temos sempre que fazer umas quantas visitas à farmácia mais próxima!). E digo sempre às crianças: “Meninos, façam as vossas malas com brinquedos.” Cada um dos filhos arranja uma mochila onde normalmente constam um ou dois dos peluches preferidos, alguns livros e o resto dos brinquedos é escolhido consoante o destino.

 Para nós é importante que os filhos saibam viajar para outros sítios com segurança suficiente para que não precisem de trazer a casa toda com eles. E, além disso, é importante que saibam apreciar e vivenciar diferentes espaços e experiências sem estarem sempre agarrados aos mesmos brinquedos que acabam invariavelmente nas mesmas brincadeiras.

Fico contente por constatar que os filhos não precisam de muitos brinquedos ou muito elaborados quando vamos de férias. Preferem outro tipo de atividades e brincadeiras que só podem fazer no sitio onde costumamos ir. Andam a brincar livremente e explorar o jardim, comer fruta diretamente das árvores ou usa-la para fazer bolos e gelados, dar passeios de bicicleta com mais autonomia, irem sozinhos à casa da vizinha ver os animais, ir à horta...

Para nós as férias são para descontrair, relaxar e aproveitar para fazer coisas diferentes.. Para as crianças também devem ser. Por isso, e mesmo quando não podemos mudar de espaço fisicamente, podemos sempre mudar a rotina, os brinquedos e as brincadeiras, as atividades.

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É o que temos!

08.08.16

Tenho utilizado muito esta expressão ultimamente. Não quero com isto dizer acomodar-me à vida, encolher os ombros e aceitar tudo o que ela me traz. Mas distinguir entre o que quero e posso mudar e o que não. E, em relação ao que não posso mudar, fazer o melhor com cada situação.

Um exemplo perfeito disso são as férias. Passamos meses a planear as férias e a sonhar com elas. Está tudo pensado até ao último pormenor, só nos vamos divertir e passar bons momentos. Mas, quando chegam os tão esperados dias as coisas nem sempre correm bem assim, especialmente se levamos crianças connosco...

Há um avião que se atrasa e temos que lá ficar dentro à espera para descolar, há uma queda que a mãe dá logo no primeiro dia e que a deixa com os dois joelhos completamente esfolados o resto das férias, há uma mega birra de sono do filho mais novo porque aproveitámos o dia todo naquela praia fantástica e ele não dormiu a sesta, há um telefonema super importante do trabalho do pai que nos impediu de fazer aquele passeio planeado, ou uma crise por causa de uns chinelos de praia que se estavam a rasgar...

O tempo que tivemos de esperar dentro do avião aproveitámos para jogar batalha naval e unno. Os joelhos da mãe foram motivo de risota e gozo o resto das férias; a birra resolveu-se com uma boa noite de sono; o passeio interrompido ficou para outra altura; e, quanto aos chinelos, o que não falta no verão são lojas que vendem chinelos giros e baratos.

É o que temos! Não podemos prever nem controlar tudo. mas podemos tentar fazer o melhor com o que temos.

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