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As aventuras de uma família de 4 pessoas que na maior parte da vezes têm energia a mais e tempo a menos! “Há tempo para tudo, tem que haver. É o que tu dizes sempre, Mãe...”
No outro dia li um artigo do Daniel Sampaio “os pais não são amigos dos filhos” em que defendia sobretudo que desde os anos 70 e 80 tem havido uma maior aproximação emocional e física entre pais e filhos, o que encara como uma coisa positiva. Mas não deixa de fazer a ressalva que os pais são adultos e é necessário que ajam como tal de modo a que possam exercer a sua autoridade e função parental. Gostei, tal como gosto de quase tudo o que ele escreve. Mas pôs-me a pensar, tal como quase tudo o que ele escreve!
Fiquei a pensar nas vezes em que digo a brincar (mas ao mesmo tempo muito a sério) que parece que tenho 3 filhos em vez de dois; nas vezes em que tenho que dizer ao pai: ”não tens a idade deles, porta-te bem…”; nas vezes em que digo aos três ao mesmo tempo para se acalmarem, pois são quase horas de ir para a cama. Enfim… se fosse a citar todas as situações, nunca mais daqui saía.
De facto considero que somos uns pais “porreiros”, que sabemos acompanhar os filhos, que nos divertimos com eles e eles connosco. Mas também percebi que somos pais bem resolvidos neste assunto das amizades com os filhos. Gostamos de estar juntos, em família, sabemos nos divertir e estar próximos deles. No entanto, não quer dizer que nos esquecemos das nossas outras funções como pais, com tudo o que isso traz de bom e de menos bom.
Concluí que o Daniel Sampaio tinha razão naquilo que dizia. As crianças têm (ou deveriam ter) amigos e amigas da sua idade para brincar, interagir e socializar. Os pais não podem nem devem querer fazer esse papel. Brincar com os filhos, estar emocionalmente e fisicamente próximos deles, mas nunca esquecer do nosso papel e lugar de adultos e pais. Até porque é isso que as crianças esperam e precisam da parte dos adultos!