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Este é um provérbio que ouço desde os meus tempos de faculdade. Historicamente a educação de uma criança sempre foi uma tarefa coletiva. Com o passar do tempo, e apesar das alterações da sociedade, continuamos (na maioria dos casos) a poder e dever contar com a ajuda da família nucl20161023_155200~2.jpgear ou alargada, dos amigos, vizinhos, conhecidos, comunidade escolar e tudo o mais que possa surgir.  Nem sempre é preciso nós, mães ou pais, sabermos e conseguirmos dar conta do recado sozinhos.

Apesar destas ajudas serem fundamentais, hoje queria refletir um pouco sobre as ajudas mais formais de técnicos: psicólogos, terapeutas das diversas áreas, ou outros. Estes são profissionais que trabalham creches, jardins de infância, escolas ou em centros educativos, etc. São eles que nos podem ajudar a nós, pais, em certos aspetos do desenvolvimento dos filhos quando estes ultrapassam as nossas competências e até as dos educadores e professores.

No nosso caso tivemos de recorrer à ajuda de uma terapeuta da fala para a filha, há alguns anos. Quando decidimos a levar a filha a uma avaliação de terapia da fala, por indicação da educadora e suspeita nossa, surgiu-me algum sentimento de culpa, de estar a falhar em algum aspeto da sua educação. Só depois de muita reflexão é que me ocorreu: como pais não estamos  a falhar, antes pelo contrário. Estamos a resolver uma situação que surgiu e que não é da nossa competência resolver sozinhos. E por isso procurámos ajuda especializada e foi o que fizemos de melhor. Hoje em dia a filha tem uma articulação das palavras corretas e teve uma aprendizagem da leitura e da escrita sem problemas.

Mais recentemente também detetamos alguns problemas no filho a nível da articulação das palavras e também ele está a ser acompanhado por uma terapeuta da fala... sem conflitos interiores e com muito mais serenidade para aceitar que podemos e devemos contar com todas as ajudas possíveis, sejam elas mais ou menos formais.

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6 comentários

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De erreguê a 25.10.2016 às 08:09

Considero que o ato de educar é talvez um dos mais complexos que podemos fazer. Mais complexo que educar uma criança seja talvez educar um adolescente.
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De de "Tempo para tudo" a 25.10.2016 às 23:15

É provável que sim. Quando lá chegar logo lhe dou a minha opinião!
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De Marco Neves a 25.10.2016 às 08:43

Por acaso, foi um provérbio que ficou famoso por causa deste livro de Hillary Clinton: https://en.m.wikipedia.org/wiki/It_Takes_a_Village :)
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De de "Tempo para tudo" a 25.10.2016 às 23:21

Sabia que o provérbio é de origem africana, mas não sabia como se tinha celebrizado. Vou querer saber mais, obrigada pela informação.
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De joana rita sousa a 25.10.2016 às 10:23

estive num congresso onde se falou sobre diferentes pontos de vista, diferentes olhares sobre a criança.
trabalho em escolas e muitas vezes vejo a criança a ser "dividida" em secções: ah isso é com o psicólogo, ah isso é com o terapeuta, ah isso é com aquele... falta o olhar para o todo e o trabalho em equipa.
esse provérbio foi tantas vezes repetido. e agora encontro-o aqui.
temos que continuar a pensar na importância deste provérbio - e cada vez mais a agir em conformidade com ele. é urgente que isso aconteça nas práticas dos mais diversos agentes educativos.
grata pelo espaço de desabafo!
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De de "Tempo para tudo" a 25.10.2016 às 23:28

Obrigada, eu! O objetivo deste blog é exatamente esse: servir como espaço de desabafo, de partilha e de reflexão de assuntos ligados à parentalidade, às crianças e tudo o que venha à conversa. E tem muita razão, a interdisciplinaridade é fundamental na educação e formação da criança.

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