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As aventuras de uma família de 4 pessoas que na maior parte da vezes têm energia a mais e tempo a menos! “Há tempo para tudo, tem que haver. É o que tu dizes sempre, Mãe...”
Se tudo muda depois de sermos mães? Sim, para mim tudo mudou porque eu assim o quis e só assim me faz sentido. Se passei a viver em função dos meus filhos como se eles fossem os únicos seres neste mundo? Não! Quis muito ser mãe, amo muito os meus filhos, mas faço questão que eles não sejam o centro do universo porque também só assim me faz sentido.
No outro dia fomos os 4 passar um fim de semana a Madrid. Lá fomos nós de malas aviadas para uns dias bem passados. Passámos um dia no parque Warner, no outro dia andámos a passear pela cidade naqueles autocarros de turistas Hop On Hop Off e o último dia foi na Piscina do hotel! Foi um fim de semana completamente diferente das outras vezes que já lá tínhamos ido antes dos filhos nascerem ou de qualquer outra viagem que fazíamos quando éramos só dois! Mas atenção que digo isto apenas para constatar o facto a não com saudades de outros tempos. Gosto de aproveitar cada fase da vida, viver as coisas nas alturas próprias e neste momento que sou mãe de dois filhos mais ou menos pequenos gosto que eles façam parte da minha/nossa vida, mesmo que para isso sejam necessários alguns ajustes.
E quando falo em ajustes, não me refiro apenas à parte logística de ser mãe. Refiro-me também e sobretudo às emoções, afectos e sentimentos. E esses não passam à medida que eles vão crescendo! A partir do momento em que fui mãe muitas coisas mudaram em mim, na minha maneira de ser e pensar:
as minhas prioridades deram uma volta de 180º
a forma como sinto, vejo e verbalizo o amor é diferente
passei a ser um espelho das emoções dos meus filhos, quando há algo que os deixa tristes eu também fico triste, mas quando estão felizes eu fico eufórica
aprendi o verdadeiro significado de multitasking!
desenvolvi visão nocturna, consigo andar pela casa às escuras e chegar onde quero sem bater em nenhuma parede ou mesa de café
aprendi a viver com menos horas de sono (esta é um work in progress…)
descobri que passar a noite no chão do quarto dos filhos não é tão mau se me deitar em cima de um tapete
aprendi que estar é mais importante que ser ou ter
a preposição “se” aparece muito mais vezes na minha cabeça
choro com muito mais frequência de tristeza, mas mais de alegria
cheguei à conclusão que nunca mais serei a mesma pessoa
apercebo-me todos os dias que ainda tenho muito para aprender…