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Tenho dias!

28.11.16

Costumo dizer que tenho dias, tenho momentos melhores do que outros. É normal todos nós termos dias ou momentos em que estamos em melhor forma do que outros. Em que a nossa cabeça, espírito, ânimo, paciência ou qualquer outra coisa que lhe queiram chamar, esteja mais presente.

Às vezes “fervo em pouca” água, como se costuma dizer. Posso dizer que a paciência não é das minhas características mais fortes, embora faça um esforço para esticar a minha “corda mental”, nem sempre consigo tanto como desejaria. Por essa razão (e por outras) às vezes excedo-me um pouco nas minha reações com os filhos. Por vezes sai um “NÃO” quando nem sequer ouvi bem a pergunta e afinal nem havia razão para aquela resposta ou então grito mais do que queria ou seria aconselhável! Acontece...

Mas também tenho aquelas alturas em que sei de certeza que estou a fazer bem esta coisa da maternidade. Porquê? Porque os meus “bons momentos” são em muito maior número do que os “maus momentos”. E para mim, enquanto assim continuar a ser, tudo vai continuar bem. Além disso, quando sei que me excedo nas respostas, no volume da voz ou em qualquer outra atitude tento sempre voltar atrás e corrigir. Admitir o meu erro e pedir desculpa, se for caso disso e tentar repará-lo.

Quando falo em “bons momentos” não falo em nada de grandioso ou dispendioso. Falo de momentos que ficam na memória; falo de parar e ouvir, dar atenção, mesmo às coisas que nos parecem mais insignificantes; falo de um olhar, um sorriso cúmplice no momento certo; falo de ver um filme os quatro debaixo de uma manta no sofá numa tarde chuvosa; falo de uma tarde de fazer biscoitos a 8 mãos; falo de “só mais uma abracinho”; falo de jogar só mais uma vez porque ainda temos tempo antes de ir para a cama; ou falo de contar um história debaixo do edredão “para eu dormir melhor”.

tenho dias (1).jpg Estes são só alguns exemplos de bons momentos que podemos fazer juntos e que tenho a certeza são estes que vão ficar gravados nas suas memórias e, sobretudo, nos seus corações

Não é um mau momento que te torna uma má mãe. É a sucessão de bons momentos que te tornam uma mãe melhor! Li isto algures e acreditem que pesquisei muito pelo facebook para encontrar essa citação, mas não consegui. Talvez nem seja bem assim, mas a ideia geral é esta e eu não poderia estar mais de acordo com ela!

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Eu acredito que a a vida é feita de ciclos, de começos e recomeços, de mudanças e transformações. O que é hoje pode não ser amanhã e eu gosto de estar sempre atenta e pronta a adaptar-me. Não é que eu seja propriamente adepta de mudanças ((a mudança não tem que ser uma coisa má)  mas às vezes é preciso parar e reavaliar para poder seguir em frente. E recentemente foi isso que eu/nós fizemos cá em casa: deixei a minha atual atividade profissional. Quando partilho isto com as pessoas as reações normalmente são as mesmas: AH! Porquê? E agora?

Porquê? Durante anos fui Educadora de Infância. Foi a profissão que escolhi, o curso que tirei e sempre consegui trabalhar na minha área profissional. Fui feliz, realizada e fico com a certeza de que deixei uma obra bem feita. Mas estava na altura de fechar esse ciclo da minha vida. Por um lado sinto que preciso de dedicar mais tempo à minha vida familiar pois a vida profissional do marido é cada vez mais exigente e eu preciso de mais tempo e disponibilidade para os filhos. Por outro está na altura de me dedicar a outras áreas profissionais, embora sempreLabirinto.jpg ligada à educação, à parentalidade e à infância.

E agora? Agora vou parar e reorganizar a minha vida, vou estudar, vou ter mais tempo e disponibilidade para a família, vou fazer coisas que já há algum tempo que queria e não tenho tido tempo! Sei o que não quero para mim e é a partir daqui que vou iniciar um novo ciclo.

Sei que muita gente considera que assim fico com mais tempo para ir ao cabeleireiro e ao ginásio. É verdade, mas o mais importante para mim é que vou poder estar verdadeiramente e sempre presente quando os filhos precisarem e vou ter tempo para preparar outras atividades profissionais do meu interesse.

A todas as Mães, das que têm carreiras profissionais às que estão em casa, todas as formas de maternidade são válidas, sem desprimor para qualquer uma delas. Não quero julgar ninguém nem dizer o que é melhor para cada um...

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Para quem me vai seguindo aqui pelo blog sabe a minha paixão por, 20160702_151436.jpgentre outras coisas, livros infantis. Por isso hoje trago-vos mais um: a árvore generosa.

Este é daqueles livros para miúdos e graúdos. Quando tomei conhecimento dele comprei duas cópias! Dei uma ao meus pais em jeito de agradecimento e de reconhecimento pela forma como educaram os seus três filhos e a outra cópia fiquei com ela em casa para ler aos nossos filhos e para nos relembrar a todos que tipo de parentalidade queremos praticar.

Passo a explicar. Este livro começa assim “era uma vez uma árvore que amava um menino”. 20160702_151518.jpgEsta árvore e este menino tinham uma relação especial que se foi transformando e evoluindo à medida que o tempo passava e o menino crescia. A árvore esteve sempre presente para o menino. Quando ele era criança utilizou os seus ramos para baloiçar, depois vendeu as suas maçãs para ter dinheiro, mais tarde pediu a a madeira para fazer uma casa para a sua família e por aí em diante. O tempo foi passando e a árvore foi ajudando o menino, entretanto transformado em homem, a ser feliz. De cada vez que o menino ficava feliz, a árvore também era feliz. No fim o menino, já velho, só queria um lugar sossegado para se sentar e descansar. E a árvore, já só um toco, pode-lhe dar exatamente isso. E ficaram os dois felizes...

É isso mesmo que quero representar para os nosso filhos. Quero ser a árvore generosa, sempre disponível para os ajudar e quero ficar feliz por eles estarem felizes. É tão simples como isto... o complicado é fazer!

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Vamos sair?...

07.11.16

Nós cá em casa gostamos de sair, de passear e de fazer “programas” desde que os filhos são pequenos. Os programas podem ser tão simples e divertidos como um passeio de bicicleta pelo parque como uma visita a um museu, uma ida ao teatro, horas do conto enfim... tantas possibilidades. A oferta de programas para famílias com crianças é cada vez maior e mais diversificada. Há programas para todas as idades e para todas as bolsas (há muitas coisas gratuitas ou até a preços acessíveis).

IMG_5224.JPG

Ao fazer estes programas com as crianças pretendemos ampliar-lhes o repertório cultural, educar o sentido estético, que aprendam a comportar-se, que seja educativo e, acima de tudo que seja divertido.

Quando vamos nos nossos programas na maior parte das vezes a coisa até corre bem, as crianças portam-se bem (dentro do esperado para cada uma das idades) e é um bocado bem passado a quatro. Mas, confesso, nem sempre foi assim. Já tivemos situações, umas mais caricatas do que outras, que nos fizeram pensar se vale a pena continuar a fazer estes “programas culturais”. Mas fomos aprendendo com experiência e apurando os critérios de escolha das atividades familiares.

Aqui ficam algumas dicas de como escolhemos:

 Um restaurante

Tem que ser childfriendly. Deve ser um sitio rápido a servir (não é preciso ser o MacDonald’s, há imensos restaurantes diferentes e melhores) e com uma ementa que seja do agrado de adultos e crianças; não é que as crianças não possam experimentar comidas diferentes. Mas, se não quisermos uma birra em pleno restaurante, o melhor é deixar as experiências para casa. Tínhamos em atenção para o facto de haver cadeiras altas disponíveis, trocadores de fraldas nos W.C., e facilidade para aquecer sopas e afins.

 Um museu

Agora já há cada vez mais museus onde se pode mexer nas coleções e com atividades próprias para elas interagirem. Esses tendem a despertar mais o interesse dos mais novos (o pavilhão do conhecimento, o museu da carris e o museu da eletricidade estão no nosso top nesse aspeto).

Um teatro, uma sessão de contos, um concerto, um filme no cinema...

Tentamos ter sempre em atenção a idade a que se destina. Se não, corremos o risco de acabar como a história do Gulliver em Lilliput: uma criança gigante rodeado de crianças muito pequeninas e não corre bem para uns nem para outros. Outra coisa importante que tínhamos em conta quando as crianças eram mais pequenas era a hora das rotinas; marcar atividades em cima da hora de dormir ou de comer dos bebés pequenos é meio caminho para as coisas correrem mal.

Para nós, o mais importante na escolha é que todos gostem do programa preparado que ninguém vá fazer fretes! As crianças são o nosso espelho e por isso, quando nós estamos entusiasmados, eles também ficarão.

Mas fica um aviso: apesar destas preocupações todas há dias em que os filhos não estão para aí virados e não se portam bem. Não faz mal, acontece. Não nos podemos esquecer que estamos a falar de CRIANÇAS!!! Se nunca forem habituadas a ir aos sítios nunca se saberão comportar. Por essa e por todas as outras razões, o melhor é ir...

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