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As aventuras de uma família de 4 pessoas que na maior parte da vezes têm energia a mais e tempo a menos! “Há tempo para tudo, tem que haver. É o que tu dizes sempre, Mãe...”
Esta noite celebra-se o dia das bruxas ou o Halloween. Bem sei que não é um costume português celebrar este dia, é uma modernice, uma americanice... enfim o que lhe quiserem chamar. Mas o que é fato é que cada vez mais este dia está presente no nosso calendário, nas montras das lojas, no desenhos animados e, em alguns casos até nas escolas!
Só por curiosidade fica aqui uma pequena explicação sobre a origem deste dia: O Dia das Bruxas era um festival do povo Celta da Irlanda que surgiu entre os anos 600 d.c. e 800 d.c. e celebrava-se entre o dia 30 de Outubro e o dia 2 de Novembro marcando o fim do verão. Este festival tinha o nome de Samhain (que significava literalmente “fim do verão”). No Século XIX os Irlandeses implantaram a festa de Halloween no Estados Unidos onde se celebrizou e foram adoptadas as abóboras e o “trick or treat”. Por ser uma festa pagã, foi condenada na Europa durante a Idade Média e passou a ser chamado Dia das Bruxas. Quem o celebrava era perseguido e condenado à fogueira pela inquisição.
Confesso que não sou grande fã deste dia mas, por outro lado, também não me importo nada que os filhos brinquem ao halloween e até acho que este dia pode servir um pouco para brincar com os medos. Os medos das crianças são normais, fruto do seu desenvolvimento e da sua aprendizagem. É importante que a criança aprenda a ultrapassa-los. Para isso é preciso que ela conheça os seus medos e que tome consciência deles de modo a conseguir arranjar estratégias para os dominar. É importante que a criança tenha um adulto com quem conversar e que esse adulto lhe explique ter medo é normal. Devemos ajudar a criança a compreender o que a levou a ter medo e valoriza-la por ser capaz de o dominar.
Por isso, mascararem-se de monstros, fantasmas, bruxas ou outros seres assustadores até pode ser divertido e pode ser uma boa forma de perceber que não é preciso ter medo, pois por baixo das máscaras estão meninos e meninas de verdade e todas as decorações assustadoras não passam de adereços falsos.
Sei que há alguns adultos que adoram este dia. Mas estas brincadeiras e máscaras não devem ser impostas ou forçadas nas criança e deve ser sempre tida em conta a vontade dela. Só se deve mascarar a criança se ela quiser e, de preferência se possível, com uma máscara escolhida por ela.
Fica uma sugestão para brincar com o medo de bruxas e outros seres assustadores não só para este dia, mas para todo o ano: a coleção de livros da Bruxa Mimi. Esta é uma bruxa deliciosamente disparatada e nada assustadora. A Bruxa Mimi e o seu gato preto Rogério vão se ver envolvidos numa série de aventuras divertidas e situações próximas das crianças, como por exemplo quando a Bruxa Mimi vai à praia ou quando chega o Inverno. Atenção que as histórias são um pouco longas e as imagens muito complicadas. Por isso atenção à idade da criança para quem as conta. Mas acreditem que vão dar algumas gargalhadas!
Este é um provérbio que ouço desde os meus tempos de faculdade. Historicamente a educação de uma criança sempre foi uma tarefa coletiva. Com o passar do tempo, e apesar das alterações da sociedade, continuamos (na maioria dos casos) a poder e dever contar com a ajuda da família nuclear ou alargada, dos amigos, vizinhos, conhecidos, comunidade escolar e tudo o mais que possa surgir. Nem sempre é preciso nós, mães ou pais, sabermos e conseguirmos dar conta do recado sozinhos.
Apesar destas ajudas serem fundamentais, hoje queria refletir um pouco sobre as ajudas mais formais de técnicos: psicólogos, terapeutas das diversas áreas, ou outros. Estes são profissionais que trabalham creches, jardins de infância, escolas ou em centros educativos, etc. São eles que nos podem ajudar a nós, pais, em certos aspetos do desenvolvimento dos filhos quando estes ultrapassam as nossas competências e até as dos educadores e professores.
No nosso caso tivemos de recorrer à ajuda de uma terapeuta da fala para a filha, há alguns anos. Quando decidimos a levar a filha a uma avaliação de terapia da fala, por indicação da educadora e suspeita nossa, surgiu-me algum sentimento de culpa, de estar a falhar em algum aspeto da sua educação. Só depois de muita reflexão é que me ocorreu: como pais não estamos a falhar, antes pelo contrário. Estamos a resolver uma situação que surgiu e que não é da nossa competência resolver sozinhos. E por isso procurámos ajuda especializada e foi o que fizemos de melhor. Hoje em dia a filha tem uma articulação das palavras corretas e teve uma aprendizagem da leitura e da escrita sem problemas.
Mais recentemente também detetamos alguns problemas no filho a nível da articulação das palavras e também ele está a ser acompanhado por uma terapeuta da fala... sem conflitos interiores e com muito mais serenidade para aceitar que podemos e devemos contar com todas as ajudas possíveis, sejam elas mais ou menos formais.
Eu não gosto muito de mudanças. Diz quem me conhece que tenho a quem sair... mas enfim. Não é que goste de rotinas ou monotonias. Só que não gosto de grandes mudanças, muito menos aquelas que chegam sem aviso prévio!
Ultimamente temos tido muitas mudanças na nossa vida, umas melhores do que outras. E, claro que com grandes mudanças vêem as grandes decisões. Grandes e pequenas decisões que nos afetam aos quatro!
Ás vezes não é fácil decidir o melhor caminho a escolher. Quando eu e o marido não tínhamos filhos, não tínhamos mais ninguém em quem penar e por quem decidir era bem mais fácil. Desde que já não decidimos pelos 2, mas pelos 4 as coisas tornaram-se mais complicadas. Temos que escolher o melhor para nós (porque sabemos que se nós não estivermos bem, os filhos também não estão) e ao mesmo tempo o que é melhor para os filhos.
Não temos o poder de adivinhar o futuro nem nenhuma bola de cristal e, mesmo assim, temos que tomar as decisões. Por isso, começamos por definir as nossas prioridades, ponderar as variáveis possíveis e fazer o melhor que sabemos com o que temos. Tendo sempre em mente que se nós (pais) estivermos bem, os filhos também estarão.
Resumindo e citando um amigo “a mudança não tem que ser uma coisa má”. Com isto em mente, é só seguir em frente e fazer com que o caminho que escolhemos seja o melhor para todos nós...
No outro dia tive um encontro imediato com a seguinte citação: “E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos? Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?” (José Saramago, A Maior Flor do Mundo). Comecei automaticamente a fazer associações na minha cabeça e lembrei-me das fábulas para crianças (composições literárias, mais conhecidas como histórias, normalmente curtas e escritas em prosa ou em verso, as suas personagens são animais que têm características humanas, estão muito presentes na literatura infantil e normalmente têm um carácter educativo ou uma moral). Estas sim deviam ser lidas e relidas pelos adultos!
Lembrei-me em particular de uma fábula deEsopo (escritor da Grécia antiga a quem são atribuídas várias fábulas populares mas de quem não se sabe muito da sua vida) chamada O Menino, O Velho e o Burro:
Era uma vez um homem que tinha um filho e um burro. Decidiram viajar e conhecer o mundo. Assim, foram os dois e o seu burro. Ao passar pela primeira povoação todos comentaram: “Vejam que menino mal educado; em cima do burro e o pobre pai, a puxar as rédeas.” Então o homem pensou: Vou deixar que as pessoas falem mal do meu filho? E resolveu tirar o menino para subir ele a cavalo no burro. Ao passar pela segunda povoação todos comentavam: “Pobre filho que vai a pé já cansado e o pai muito confortável no burro!” Decidiram então em ir os dois a cavalo no burro e começaram novamente sua peregrinação. Ao chegarem à povoação seguinte, todos comentavam : “São mesmo umas bestas, será que não vêm que podem fazer mal ao pobre animal!” Por último, decidiram descer os dois e andarem ao lado do burro. Mas, ao passarem pela povoação seguinte, ouviram dizer : “Vejam só estes dois: a andar quando têm um burro que os poderia levar...
Como vêem, faças tu o que fizeres há sempre alguém que vai comentar, criticar, opinar e fazer muito melhor. Por isso, faças tu o que fizeres, segue o teu coração e o teu instinto... O que tu pensas, fazes e decides só tem que servir para ti e para os teus... não para os outros.
No outro dia estava eu nas minhas arrumações do computador, eliminar pastas, arrastar ficheiros e limpar o “lixo” quando encontrei esta foto. É da fase de preparação de uns muffins salgados que fizemos para um dos nossos pic nics de verão.
A receita é otima e muito simples. E tem a vantagem que cada um pode escolher o recheio que quiser e dá para fazer aproveitamentos de sobras. Aqui fica: 8 ovos e azeite para pincelar; para o recheio podem escolher o que quiserem. Desta vez eu escolhi ervilhas, salmão, cenoura ralada, queijo emmental, tomate, atum, salmão, espinafres (todos os ingredientes exceto o tomate, o atum e o queijo, foram previamente cozinhados). Preparação: bater os ovos com sal e pimenta a gosto. Encher cada um dos buracos da forma com os ingredientes escolhidos e regar com os ovos batidos. Levar ao forno durante 15 / 20 minutos ou até ficarem dourados.
Este pic nic, se não me falha a memória, foi na praia. Deve ser por isso que não há fotografias dos muffins já prontos: era muita água, muita areia e, sobretudo, muita fome! Mas posso garantir que estavam deliciosos e bastante apresentáveis...
O outono continua a ser uma excelente altura para pic nics, admito que não na praia! Mas qualquer parque ou cantinho com um pouco de relva serve perfeitamente para estender a toalha aos quadrados...