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Na azáfama do dia a dia cometo várias vezes o mesmo erro (de certeza que cometo mais, mas hoje só queria falar de um!). Muitas vezes não digo tudo o que quero dizer ou que sinto aos meus filhos. Simplesmente assumo que eles sabem que os adoro ou que tenho orgulho neles e não o digo vezes suficientes.

Por isso vou fazer uma lista de coisas que tenho que passar a dizer com mais frequência. Não dizer todos os dias, a toda a hora mas também não deixar passar os momentos.

Adoro-te ou amo-te é uma das primeiras palavras que me vem à cabeça. Ninguém lá em casa dúvida do amor que nós, pais, temos por eles, filhos. Mas nunca é demais dizer.

Fizeste muito bem / estou orgulhosa de ti. Temos tendência para louvar os grandes feitos, as boas notas, as coisas mais visíveis. Mas há pequenas coisas que são ditas ou feitas no dia a dia que recebem um pequeno “obrigada” ou às vezes nada e que não devem passar despercebidas.

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 Sim! Sim, tenho tempo para uma história; sim, podes; sim... sim... sim! Sou rápida no gatilho a dizer não e depois paro e penso “porque não? Ás vezes até acabo por dizer “sim”, mas o “não foi a minha primeira resposta.

Desculpa. “Eu nunca me engano e raramente tenho dúvidas”, dizia o outro. Mas não é bem assim. Nós pais e, acima de tudo, seres humanos também erramos. E quando o fazemos, nada melhor do que pedir desculpa com sinceridade e na hora certa. Desta forma não só mostramos respeito pelo filhos e pelos seus sentimentos, como damos um bom exemplo: sermos honestos connosco e com os outros.

Eu desculpo-te. Se queremos ensinar a pedir desculpa e a serem honestos com os seus sentimentos, temos que estar preparados para desculpar. Temos que lhes mostrar que gostamos sempre deles, apesar das suas imperfeições.

Estou a ouvir. Quantas vezes não estou a lidar com mais do que uma situação ao mesmo tempo enquanto um dos filhos fala e vou respondendo com um aceno de cabeça ou um murmúrio? “Mãe, estás-me a ouvir?” sim, estou a ouvir com os ouvidos e com o coração.

Tu decides. É óbvio que as grandes decisões são tomadas pelos adultos da casa! Mas há outras decisões que têm que ser tomadas se não por eles, pelo menos com eles. Dá-lhes poder de decisão, estimula a autonomia e o espírito critico. Claro que o reverso é que têm que assumir as consequências das suas escolhas.

Bons sonhos. Esta, salvo raras excepções, digo todos os dias. Nada melhor do que acabar o dia com um grande beijinho de boa noite e um “bons sonhos”, seguido de “bons sonhos, mãe”!

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Posso ajudar?

23.04.16

Quando ouço estas duas palavras da boca dos meus filhos vários pensamentos passam pela minha cabeça: tão queridos e prestáveis; a ajuda deles não vinha nada a calhar porque estou cheia de pressa; é importante que eles participem nas tarefas em casa porque lhes dá sentido de responsabilidade e autonomia; ajudar como, se isto não é tarefa para eles; é bom fazermos coisas em conjunto;  não posso nem quero dizer “não, vão brincar” porque da próxima vez que pedir ajuda vou ouvir “não, estou a brincar!”.

O que eles mais gostam de ajudar é na cozinha. Eu e o pai gostamos muito de cozinhar e passamos esse “bichinho” para os filhos. E, como gostamos os quatro de comer, é a combinação perfeita. Por isso acaba por ser na cozinha que há mais tarefas partilhadas e muitas ajudas. Fazer as coisas juntos acaba por ter várias vantagens porque as crianças ganham autonomia, ficam a conhecer melhor e mais alimentos, têm mais prazer em experimentar novos sabores, adquirem conhecimentos a vários níveis. Normalmente, antes de cozinhar em conjunto começamos por respirar muito fundo e contar até 100; ter muita paciência e calma; deixar claro quais as tarefas que são exclusivas dos filhos, exclusivas dos pais ou que podem ser partilhadas entre todos; explicar bem qual a tarefa, qual o grau de ajuda que queremos ou que eles podem dar;e, por último,  chamar a atenção para regras e perigos.

Sim, isto é tudo muito bonito. Mas ajudam como? Passo a explicar. Por exemplo, ajudam a cortar os legumes para pôr na sopa ou as frutas para fazer gelados. Ajudam a pesar os ingredientes na balança ou medir no copo medidor. Usam o ralador ou o descascador. Outra receita boa para eles participarem é papelotes: peixe, legumes ou batatas, basta cortar, pôr em folhas de papel de alumínio, temperar, fechar os papelotes e levar ao forno. Carne assada: fazer uma pasta com azeite, sal, alho, pimenta preta e ervas aromáticas e deixar as crianças pincelarem a carne com esta pasta, levar ao forno para assar.  Tudo o que envolver amassar à mão, misturar, medir, pesar tem sempre sucesso com as crianças. Bolos e bolachas são sempre um divertimento.  A partir do momento em que a filha mais velha começou a ler, passou a ser ela a ditar as receitas.20160420_220043~2.jpg

Estas ajudas também tornam-se mais fáceis com alguns acessórios próprios para as crianças, tais como facas de plástico (cortam fruta, legumes, etc., só não cortam dedos!), cortadores de fruta, rolos da massa pequenos, corta-massas, utensílios em plástico...

É claro que isto nem sempre é fácil ou corre na perfeição. Alguns ingredientes entornados, pratos com aspeto um pouco diferente ou que demoram mais tempo do que o habitual a serem confecionados são compensados pelo sabor especial de ter sido feito por nós!

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Foi um daqueles fins de dia... chovia torrencialmente e o trânsito estava infernal. Quando finalmente chegamos a casa as crianças estavam excitadíssimas, eu com os nervos em franja e já eram horas das rotinas do fim do dia.  Claro que, no estado em que já estávamos todos, houve uns gritos a mais do que é costume ou desejável.

Já despachados dos banhos, jantar, etc. costuma haver tempo para uma história antes de deitar. Calha uma vez a cada um dos filhos o direito de escolha. De vez em quando o Pai ou eu reclamamos para nós esse direito, como aconteceu nesse dia: ”Hoje escolho eu a história!”

Fui à prateleira dos livros e chamou-me a atenção um livro pequenino de lombada laranja que já não era lido há muito tempo. O título era “Quando a Mãe Grita”. OK, universo; eu ouvi-te...

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É um livro pequeno de tamanho, mas enorme de conteúdo. Fala sobre uma Mãe Pinguim que grita com o seu Filho Pinguim e este fica desfeito. No fim da história a Mãe Pinguim vai com linha, agulha e amor unir todos os bocados do filho que tinha ficado desfeito.

 

 

Não sou perfeita, não tenho paciência ilimitada nem tolerância infinita. Tenhquando a mãe grita002.jpgo dias e momentos, uns melhores do que outros. Por isso, de vez em quando lá em casa a Mãe grita. Não considero ser um dos meus meus melhores momentos como Mãe, nem dos métodos mais eficazes Mas, QUANDO A MÃE GRITA,  faço por ir buscar a minha linha, agulha, paciência  e amor para recompor os meus “pinguins” lá de casa.

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Nós, cá em casa, gostamos de gelados. Comemos gelados de verão, de inverno, na primavera e no outono. Não há época ideal para comer gelados. Por isso, arranjámos a maneira perfeita de os poder comer sem culpas ou preocupações de açúcares, corantes e coisas que tais: FAZER GELADOS EM CASA.

Sim, assim juntamos o útil ao agradável: fazemos os nossos próprios gelados (que é sempre mais divertido porque as crianças podem ajudar), usamos ingredientes saudáveis e fazemos aproveitamentos de fruta que vem da nossa horta e que não conseguimos dar vazão. Aqui ficam algumas sugestões.

Gelado de manga laranja:

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1 manga descascada

1 laranja descascada

Açúcar mascavado (opcional)

Preparação

Bater com a varinha mágica a manga juntamente com a laranja. Adicionar açúcar a gosto (eu nunca ponho) e verter para as formas de gelado. Levar ao congelador durante, no mínimo 12 horas.

Gelado de maçã e canela:

Ingredientes

2 maçãs

1 iogurte natural

Canela a gosto

Açúcar mascavado (opcional)

Preparação

Bater com a varinha mágica a maçã descascada e cortada aos cubos com o iogurte natural e a canela. Adicionar açúcar a gosto (eu nunca ponho) e verter para as formas de gelado. Levar ao congelador durante, no mínimo 12 horas.

Gelado de melancia com limão

Ingredientes

500g de melancia sem casca

Sumo de 1 limão

Açúcar mascavado a gosto

Preparação

Pôr numa liquidificadora a melancia e o sumo do limão. Adoçar a gosto e passar tudo bem até ficar liquido. Colocar numa (ou várias) formas de gelado e levar ao congelador durante, no mínimo, 5 horas.

Gelado de morango

Ingredientes

250g de morangos arranjados

2 iogurtes naturais

Açúcar mascavado a gosto

Preparação

Reduzir os morangos a puré com a varinha mágica. Juntam-se os outros ingredientes até ficarem ligados. Verter para as formas de gelado. Levar ao congelador durante, no mínimo 12 horas.

Gelado de pêssego20160305_194454.jpg

Ingredientes

2 pêssegos

Açúcar mascavado a gosto (eu não costumo pôr)

Preparação:

Reduzir os pêssegos a puré com a varinha mágica e acrescentar o açúcar. Verter para as formas de gelado. Levar ao congelador durante, no mínimo 12 horas.

E assim, ficamos com gelados deliciosos, saudáveis e caseiros para saborear a qualquer altura.

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 Pela primeira vez em muitos dias não chovia. Já tínhamos saudades de ir passear, apanhar ar e refrescar as ideias, como se diz cá por casa. E como adoramos praia de verão ou de inverno, fomos até lá passear. Aquilo que era suposto ser só um passeio pelo paredão rapidamente se transformou numa “aventura” pelas rochas. Subimos rocha, descemos rocha até o mar não nos deixar avançar mais.

 Os filhos adoram apanhar pedras para as suas "coleções". Põe-nas nos baldes, fazem construções, brincam e tudo mais. No fim do passeio normalmente até as deixam ficar na praia para uma próxima vez. Mas desta vez foi diferente e quiseram levar algumas para casa. Depois de muitos protestos da nossa parte e, apesar dos apelos, “porque levas mais lixo para casa? Já lá tens tanto!” lá lhes fizemos a vontade pois a resposta na ponta da língua convenceu-nos: “não é lixo... são pedras e são para pintar, claro!” Por (de)feito profissional eu adoro transformar lixo em qualquer coisa muito mais útil, por isso tive que me calar e concordar. O pai concordou, mas sob protesto!

 Chegados a casa fomos buscar os pincéis e as aguarelas pois por esta altura já eu também estava entusiasmada. E foi uma ótima tarde de domingo porque tinha começado a chover outra vez e nós tínhamos um novo projeto caseiro para fazer. O pai ficou com um lindo pisa-papeis para o seu escritório; o nosso quarto ficou muito mais bonito com uma pedra pintada em cima da cómoda; e, assim que parou de chover, fomos dar uma nova cor ao canteiro com as pedras pintadas.

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