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As aventuras de uma família de 4 pessoas que na maior parte da vezes têm energia a mais e tempo a menos! “Há tempo para tudo, tem que haver. É o que tu dizes sempre, Mãe...”
Num típico sábado de manhã tinha uma lista de tarefas para fazer, que incluía ir comprar as frutas e legumes para a semana, levar o filho mais novo a uma festa, fazer uma sopa,etc. Entretanto o pai e a filha mais velha ficaram em casa a estudar matemática (tarefa que deixo para o homem das matemáticas cá de casa, de bom grado). A seguir de uma ronha matinal e um pequeno almoço a 4, começou a azáfama do nosso fim de semana. Depois de muito procurar e consultar o GPS do carro e croqui do convite lá chegámos à tão desejada festa. Ao chegar vi que era mesmo ao lado de um café. “Que bom, vou beber um café quando sair”, pensei entusiasmada.
Quando saí ia perdida nos meus pensamentos sobre qual a sopa que queria fazer e não parei para beber café. “Não faz mal, há uma café mesmo ao pé da frutaria e é muito bom!”. Quando estacionei saí do carro concentrada para não me esquecer dos sacos para trazer todas as compras que precisava (isto de ser ecológica dá trabalho!). “Oops, não bebi o café. Bebo à saída” pensei ainda com esperança.
Comprei tudo o que precisava e saí muito orgulhosa de não me ter esquecido de nada! Entrei no carro rumo a casa a pensar na lista de tarefas para fazer antes de ir buscar o filho mais novo à festa; “olha, bebo café em casa...”. por esta altura já começava a desanimar e ver o meu café como uma luz ao fundo do túnel que não se consegue alcançar!
Cheguei a casa, pousei os sacos das compras, verifiquei como estava a correr o estudo (estava tudo a correr melhor do que se fosse eu a estudar com ela). Pus mãos à obra, arrumei as compras, arranjei legumes, fiz sopa, etc. Café? Qual café?
Chegada a hora de ir buscar o filho mais novo lá fui eu de novo. Por esta altura já sonhava com o café ao lado da festa. Mas quando lá cheguei estavam também várias mães a chegar e pusemos nos todas a conversar. Quando dei por mim já tinha entrado no sitio da festa e nem tinha dado conta. Nada de café!
Cheguei a casa, sentamos nos à mesa para almoçar (obrigada marido, pelo almoço já feito... estava muito bom). Depois do almoço diz o marido assim: “queres um café?” AAAAAHHHHHH! SIM, quero muito um café...
Cá em casa gostamos de pôr as mãos na massa. Gostamos de fazer coisas, gostamos de nos sujar e gostamos de nos divertir. Se isto tudo for para cozinhar, ainda melhor!
Há pouco tempo aprendi com umas colegas do trabalho a fazer rolo de carne. Peço desde já desculpa, mas não tenho quantidades para partilhar. Não é que não queira revelar segredos (como é obvio, afinal estão a ler um post num blog!), mas ensinaram-me assim. Para quem ainda não sabe fazer, vou tentar explicar o melhor que posso.
Ingredientes:
Carne picada (o tipo de carne fica à vossa consideração, mas eu usei metade vaca e metade porco)
Pão tipo centeio ou outro escuro (quanto menos côdea, melhor)
Leite
Sal, pimenta, alho em pó, especiarias para temperar carne (eu usei tomilho bela-luz, alecrim, manjericão, orégãos)
Cenoura crua ralada
Preparação:
Pôr o pão numa taça de molho com leite suficiente para o cobrir e deixar amolecer. Temperar a carne a gosto, juntar a cenoura ralada e o pão amolecido. Misturar bem com as mãos até os ingredientes estarem todos ligados. Se quiserem rechear podem esticar o preparado de carne com um rolo da massa até formar um retângulo todo da mesma altura. Recheia-se a gosto (com espinafres ou cogumelos, queijo e fiambre, etc.), enrola-se para dar a forma de um cilindro, põe-se num tabuleiro untado com azeite e leva-se ao forno.
A receita ficou ótima, mas lá em casa tínhamos que levar isto um pouco mais além. Então, usámos a mesma receita e fizemos em forma de almôndegas. Os miúdos ajudaram a fazer tudo, desde ralar as cenouras até amassar a carne. Depois cada um fez as suas almôndegas. Foi muito divertido.
Ficam duas dicas. 1ª:Também se pode rechear as almôndegas com os ingredientes que falei acima ou com outros a vosso gosto. Desta forma os legumes tão “difíceis” para algumas crianças (e adultos, admitam) estão escondidos no meio da carne, mas estiveram bem à vista e à mão durante a preparação. É uma forma das crianças de tomarem conhecimento e gosto pelas verduras e outros alimentos que normalmente são menos apetecíveis. 2ª: Pode-se fazer em quantidades maiores e congelar as que não se utilizar. Quando for preciso, é só descongelar à temperatura ambiente e cozinhar como normalmente. Bom apetite :)
Tenho uma paixão que quero confessar: livro infantis. Adoro-os, não me canso deles e já passei o bichinho às crianças lá de casa. Tenho livros em quantidade considerável e gostava de partilhar alguns dos nossos favoritos. Aqueles que são escolhidos para a história antes de adormecer ou cujas imagens são tão poderosas que serviram para fazer quadros para os quartos dos miúdos. Aqueles que são non-sense do princípio ao fim e que servem para dar uma boas gargalhadas ou aqueles que vão debaixo do braço para qualquer lado.
Um dos nossos favoritos tem como título “adivinha quanto eu gosto de ti”. É um livro maravilhoso, com ilustrações fantásticas. Fala de uma grande lebre castanha e de uma pequena lebre castanha e de quanto gostam uma da outra: “Às vezes quando gostamos muito, muito de alguém, queremos encontrar uma maneira de descrever como os nossos sentimentos são grandes. Mas, como descobrem a Pequena Lebre Castanha e a Grande Lebre Castanha, o amor não é coisa fácil de medir!”. A história é divertida e o fim é uma ternura. No entanto, o que eu mais gosto é o pormenor de nunca sabermos qual a relação entre as duas lebres e ficar à nossa imaginação e da criança para quem lemos.
Recomendo! Leiam, divirtam-se e deixem-se envolver,
pois vale a pena..
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